Crédito para pequeno empreendedor está ficando mais fácil e barato

Por Fernanda Santos

Os pequenos negócios são responsáveis por mais de 70% dos novos empregos gerados no País. Ainda assim, eles encontram diversas barreiras ao longo da jornada

Para incentivar, novas leis e modalidades de crédito estão surgindo especialmente para as empresas menores

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No mês de fevereiro, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por mais de 7 em cada 10 empregos criados no País, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Isso representa ao menos 125,2 mil postos de trabalho – 3 vezes mais do que as vagas abertas pelos grandes negócios, no mesmo período.

Os números deixam claro a importância dos empreendimentos menores para a geração de empregos e retomada da economia brasileira. Ainda assim, são muitas as barreiras para empreender no Brasil, seja pelo excesso de burocracia ou pelas dificuldades para levantar capital.

“Por mais que as pequenas empresas sustentem e colaborem para o desenvolvimento do País, ainda há muitos entraves, especialmente nas políticas públicas”, diz Junio Correia, consultor do Sebrae-SP.

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De olho nesses empreendedores, e pensando em atenuar os empecilhos, novos projetos de lei e medidas de incentivo estão surgindo. O Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) lançou na última semana uma linha de crédito especial para micro e pequenas empresas (MPEs), incluindo os microempreendedores individuais (MEI).

“A iniciativa deve beneficiar os pequenos negócios, que têm maior restrição de acesso ao crédito bancário. O sucesso desses empreendimentos ajuda a economia como um todo a crescer”, afirma Gustavo Freitas, diretor executivo de crédito do Banco Cooperativo Sicredi, um dos parceiros do BNDES.

A nova linha atende MEIs, Micro e Pequenas Empresas de praticamente todos os setores, com um limite máximo de R$ 500 mil de empréstimo a cada 12 meses. Os juros cobrados dos empresários podem seguir três referências: Taxa de Longo Prazo (TLP), Taxa Selic ou Taxa Fixa do BNDES (TFB).

“Hoje, a estimativa do BNDES é de uma taxa de juros para o tomador final em torno de 1,3% ao mês”, diz Freitas. Segundo o Banco Central, o juro pré-fixado de um empréstimo de 12 meses para empresas varia de 1% a 11,2% ao mês. Para empréstimos de mais de um ano, 0,88% a 3,5% ao mês.

Já o pagamento das parcelas pode ser feito em até 5 anos, com dois anos de carência, ou seja, o empreendedor pode começar a pagar o empréstimo apenas 24 meses depois de receber o dinheiro.

Essa carência é importante porque dá ao empresário a oportunidade de começar a ter um retorno financeiro com o negócio antes de iniciar o pagamento do empréstimo. Com mais segurança, a tendência é que os pequenos empreendedores busquem mais recursos e invistam mais.

“Quando um negócio tem início com dívida, o fôlego do caixa acaba rápido. O ideal é fazer um planejamento pé no chão”, diz Renato Brito Moreira, também consultor do Sebrae-SP.

Essa modalidade de crédito, para MEIs e MPEs, é indireta e deve ser negociada com um dos 50 bancos parceiros do BNDES, como é o caso do Sicredi e do Bradesco. A instituição de fomento criou um canal online no próprio site para intermediar essa comunicação. Com a nova ferramenta, o BNDES pretende direcionar os empreendedores aos bancos que têm mais afinidade com seus perfis, facilitando o processo de contratação.

“Esse crédito ajuda a suprir uma deficiência importante no País, pois disponibiliza crédito com carência, prazos e taxas compatíveis com um público relativamente desassistido, mas fundamental para a vitalidade e a saúde da economia brasileira”, diz Freitas, do Sicredi.

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