QR Code é a nova aposta tecnológica de pagamento

Por Maria Teresa Lazarini

O QR Code tem várias qualidades para agradar tanto consumidores como estabelecimentos comerciais: praticidade, rapidez e, principalmente, segurança

As empresas de meios de pagamento estão tratando essa tecnologia como a nova fronteira da inclusão digital. E estão apostando alto no seu uso

Com a proposta de levar 10 segundos ou menos para completar uma transação financeira, o QR Code (abreviação de Quick Responder Code ou código de resposta rápida, na tradução do inglês) tem várias qualidades para agradar tanto consumidores como estabelecimentos comerciais. Praticidade, rapidez e, principalmente, segurança são três fortes atrativos desse código de barras dimensional, que é gerado gratuitamente. As empresas de meios de pagamento estão tratando essa tecnologia como a nova fronteira da inclusão digital. E estão apostando alto no seu uso.

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Com o objetivo de auxiliar lojistas e consumidores, a Cielo lançou o QR Code Pay e quer estar presente em 40 milhões de smartphones. Para os consumidores usarem a tecnologia, é necessário baixar um aplicativo compatível com as máquinas da Cielo, como o Cielo Id, o PicPay ou o Agibank. Não há custos envolvidos na instalação do aplicativo.

Já para o lojista, basta que ele tenha um terminal de pagamento da Cielo, como uma maquininha, para poder receber pagamentos. A única ação do lojista será gerar um QR Code pelo terminal, que será emparelhado ao aparelho celular para realizar o pagamento em vez de aproximar um cartão de crédito ou de débito.

“Desde o começo, pensamos em fazer algo simples para o lojista e acessível para todo o ecossistema. Isso significa que qualquer parceiro que queira usufruir dos benefícios da solução e do seu potencial de escalabilidade pode ter a Cielo como viabilizadora dessa integração, uma vez que a nossa plataforma é aberta”, afirma Danilo Caffaro, vice-presidente de produtos, novos negócios, marketing e inovação da Cielo, em comunicado enviado à imprensa.

Além da praticidade do pagamento via QR Code, o lojista também pode se beneficiar da economia que o método oferece. O Mercado Pago, fintech do Mercado Livre que já disponibiliza o QR Code como meio de pagamento, tomou uma iniciativa ousada para captar novos clientes. Até março de 2019, a empresa não cobrou nenhuma tarifa do lojista quando os pagamentos foram efetuados com QR Code. No entanto, a empresa falhou por não extender a condição por mais tempo. Para ter acesso à tecnologia da fintech, o lojista ou o consumidor deve ter instalado no smartphone os aplicativos Mercado Livre ou Mercado Pago, que juntos contabilizam mais de 12 milhões de usuários.

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A Cielo e o PicPay, primeira empresa de carteira digital do Brasil, que conta com quase 10 milhões de pessoas na sua plataforma, não isentaram a cobrança de tarifa, mas criaram um incentivo. A cada transação realizada com QR Code, o lojista paga uma taxa menor que a aplicada para cartões de crédito. No caso do PicPay, por exemplo, o lojista recebe a venda com taxa de 1,99% no crédito, enquanto que o valor para esse tipo de transação em maquininhas costuma ser, em média, de 3%.

“Para que o pagamento via QR Code se alastre, lojistas vão ter de criar mecanismos melhores, porque o uso do cartão de credito e de débito está enraizado na mente do brasileiro. Se os lojistas começarem a atrelar benefícios ao uso do QR Code, como o encurtamento de filas, o serviço vai alastrar. Do contrário, não vejo a adoção”, diz Arthur Igreja, cofundador da AAA Plataforma de Inovação e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Lembre-se que para aderir a esse meio de pagamento, o primeiro passo é baixar algum aplicativo de carteira virtual, como o RappiPay, PicPay ou MercadoPago – disponível na Google ou Apple Store – no seu smartphone.

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