Fluxo de caixa: o que é e como fazer o seu

Por Redação Azulis

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O planejamento financeiro é essencial, tanto na vida pessoal como no universo corporativo. É deixando as contas sempre em dia que os resultados começam a aparecer, e uma das formas mais eficazes de manter esse controle é através do fluxo de caixa.

Não basta acompanhar as vendas ou a data de vencimento dos contratos, por exemplo. É preciso olhar também os gastos que vêm pela frente. Só assim você terá maior precisão para saber como anda a saúde do seu negócio.

A seguir, você vai saber o que é fluxo de caixa, como aplicá-lo na sua empresa e as novas regras para 2019, além de dicas sobre a DCTF.

Conheça os benefícios do fluxo de caixa

Antes de falar em vantagens, vamos entender como funciona. No meio corporativo, o termo se refere ao movimento de entradas e saídas da empresa. Em poucas palavras, é o que você paga e o que você recebe.

Seu principal objetivo é manter um registro detalhado de tudo, para ajudar na organização financeira da sua empresa, seja ele diário, semanal ou mensal.

  • Entradas: vendas à vista e a prazo, mais outras fontes de receita ou investimentos, quando houver;
  • Saídas: compras à vista e a prazo, além de pagamentos de despesas, fornecedores, manutenção, serviços de terceiros e demais gastos;
  • Projeção: gastos que ainda estão por vir, previstos ou não;

Para que o processo seja eficiente, você deve registrar tudo, inclusive receitas e despesas menores. Afinal, ao subtrair as entradas e as saídas, a diferença vai influenciar no saldo disponível, positiva ou negativamente.

Isso já nos leva ao primeiro benefício: ter uma visão geral e detalhada de toda a parte financeira da empresa. O apontamento também ajuda na tomada de decisão, uma vez que, ao saber o que entra e o que sai, você poderá:

  • Reduzir despesas, quando necessário, sem comprometer os lucros;
  • Planejar os investimentos para trazer ainda mais retorno;
  • Projetar os gastos e, com isso, antecipar decisões em caso de falta ou sobra de dinheiro no caixa;
  • Criar estratégias para atrair clientes e gerar mais vendas;
  • Fazer uma melhor gestão do estoque e realizar promoções;
  • Ter subsídios para aumentar ou diminuir preços;
  • Negociar prazos com os fornecedores.

Passo a passo para aplicar fluxo de caixa no seu negócio

O fluxo de caixa é elaborado utilizando-se uma agenda ou caderno (se for feito de forma manual), por meio de uma planilha ou através de um programa de gestão.

  1. No papel ou no computador, comece com duas colunas, uma para “contas a pagar” e outra para “contas a receber”. Liste todas as despesas e receita: as que já foram lançadas e as previstas;
  2. Faça um registro diário, semanal ou mensal de todas as entradas e saídas da empresa, por menores que sejam;
  3. Analise o saldo diariamente ou estipule um período para acompanhar, como a cada quinze dias ou a cada três meses, por exemplo. Escolha o tempo que faça mais sentido para o seu negócio;
  4. Faça uma projeção dos pagamentos e dos recebimentos que ainda estão por vir;
  5. Acompanhe sempre o saldo disponível e se apoie nos dados registrados em suas tomadas de decisões.

Em um período superavitário, ou seja, em meses com movimentos mais fortes, reflita sobre investimentos e qual a melhor aplicação dos recursos.

No entanto, quando o período for deficitário, com vendas mais fracas, avalie a necessidade de capital de giro, isto é, o uso da reserva de recursos para suprir demandas financeiras.

Quais as novas regras tributárias para 2019?

Vale lembrar que algumas mudanças tributárias entraram em vigor neste ano, e outras já começaram a valer em 2018, trazendo impactos diretos para o micro e pequeno empreendedor, tais como:

  • eSocial

Desde o final de 2018, o Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas, o eSocial, passou a ser obrigatório. O projeto do Governo Federal unifica o envio de dados trabalhistas e fiscais;

  • Simples Nacional

O Simples Nacional, regime tributário simplificado para micro e pequenas empresas, ganhou novas tabelas e mudanças de alíquotas, além da inclusão de novas atividades profissionais;

  • SPED

Com a implementação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), o detalhamento das informações que as empresas têm de apresentar ao governo ficou maior. Isso impacta diretamente no controle do fluxo de caixa;

  • Coleta de Dados

Seguindo a mesma linha do SPED, a coleta de dados das micro e pequenas empresas também foi ampliando, detalhando mais suas atividades. Aqui entram o monitoramento do fluxo de caixa, a emissão de notas fiscais e demais rotinas.

Entenda como corrigir as informações da DCTF

Enquanto o fluxo de caixa ajuda a manter as finanças da empresa em dia e a cumprir com as obrigações contábeis e tributárias, os empreendedores também devem levar em consideração a prestação de contas de uma sigla em particular: a DCTF.

A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais é a forma de micro e pequenas empresas declararem à Receita Federal o pagamento de tributos e contribuições, além de informar como foram quitados.

Entre as informações necessárias estão:

  • O Imposto de Renda (IR);
  • Os Impostos sobre Operações de Câmbio, Crédito e Seguros (IOF);
  • As Contribuições para o Programa de Integração Social, o PIS, e as contribuições para o PASEP, cujo significado é Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público;
  • Sobre as Contribuições Provisórias sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF – extinta em 2007, mas ainda consta no rol do site da Receita);
  • O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
  • A COFINS, que tem por significado a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;

O envio da DCTF é obrigatório para as empresas do Simples Nacional, bem como para aquelas que são enquadradas no regime de Lucro Real e Lucro Presumido.

Em caso de erros, é possível corrigir as informações. Para isso, basta enviar uma DCTF retificadora. Ela passará a substituir a declaração anterior, desde que enviada até cinco anos após o envio original.

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