O Primo Rico alerta: 5 erros que podem arruinar o MEI

Por Fernanda Santos

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Nem só de investimentos fala Thiago Nigro, educador financeiro e youtuber fundador do canal O Primo Rico. A intenção dos seus vídeos, segundo o próprio empreendedor, é levar clareza e dicas financeiras importantes aos brasileiros que querem prosperar – incluindo os microempreendedores individuais.

Após perder R$ 5 mil com investimentos ruins, quando tinha apenas 18 anos, Nigro decidiu estudar e se especializar no mercado financeiro. Aos 19 anos, abriu o primeiro escritório na área e, sete anos depois, vendeu sua parte por cerca de R$ 1 milhão – dinheiro que lhe rendeu a independência financeira.

Nesse meio tempo, Nigro criou o canal O Primo Rico, que já tem mais de 2 milhões de inscritos e representa um dos principais canais de educação financeira e investimentos do País. Em um dos vídeos, o empreendedor fala sobre os 5 erros do MEI que podem arruinar o negócio. As dicas estão abaixo:

1) Perder o controle das finanças

O primeiro erro comum do microempreendedor individual é não ter controle das suas finanças e misturar o orçamento pessoal com o da empresa. Sem saber o que está acontecendo com seu dinheiro, fica difícil bolar estratégias para o crescimento.

“Se você desconhece o tamanho dos custos, do faturamento e quanto de lucro você tem fica muito difícil tomar qualquer decisão. Saber se precisa economizar, se o faturamento precisa aumentar”, diz Thiago Nigro.

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2) Não prestar atenção nos impostos

O MEI é uma categoria especial de empresa que tem isenção tributária do Imposto de Renda, desde que tenha um faturamento anual máximo de R$ 81 mil. O empreendedor que fatura mais que isso, mas continua enquadrado como MEI, precisa pagar um imposto sobre o valor excedente que funciona como um tipo de multa.

Thiago Nigro comenta que essa obrigação tributária pode representar um salto de 300% nos custos do MEI em relação ao gasto tributário anterior. Sem contar que a cobrança do IR é feita sobre o faturamento e não sobre o lucro, o que pode complicar ainda mais as contas. A indicação, portanto, é ter um crescimento planejado e sair da categoria de MEI antes do faturamento estourar o teto.

“Passar do limite não é errado. Isso é sinal de que a empresa está crescendo. O problema é não planejar. O custo tributário acaba não compensando o aumento do faturamento”, diz o Primo Rico.

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3) Não fazer duas declarações de IR

O microempreendedor individual precisa fazer duas declarações anuais do Imposto de Renda: uma como pessoa física e uma como pessoa jurídica. No caso da empresa, a declaração a ser feita é a DASN SIMEI, que é específica para o MEI.

Nigro ressalta que muitos empreendedores fazem apenas uma delas pensando que já é o suficiente para ficar em dia com a Receita Federal, especialmente quando as contas pessoais se misturam com as da empresa. Esse engano pode gerar problemas futuros e prejudicar o negócio.

A dica aqui é se lembrar: no DASN SIMEI, é preciso declarar a receita bruta obtida ao longo do ano anterior. Para o IRPF, é preciso subtrair os custos da receita e declarar o que sobra. “Se você teve R$ 60 mil de receita bruta e R$ 40 mil de custo, R$ 60 mil vai para a declaração como MEI e R$ 40 mil para a pessoa física”, diz Thiago Nigro.

4) Não encarar o erro como aprendizado

Thiago Nigro explica que algumas pessoas acabam ficando traumatizadas quando cometem um erro em seus negócios. Essa postura é prejudicial ao empreendedor, pois muda o rumo de algumas tomadas de decisão.

Para o especialista, a melhor coisa a se fazer quando você erra é assumir o erro, analisar o cenário e aprender com o erro. Foi o que ele fez aos 18 anos de idade, quando perdeu os R$ 5 mil.

“Se você é MEI, ainda vai se deparar com muito erro na sua vida. O fracasso chega quando você desiste e não quando você erra. A resiliência é uma característica das pessoas de sucesso”, diz o Primo Rico.

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5) Não entender o funcionamento do DAS

O DAS, a guia mensal paga pelo MEI ao governo, tem papel fundamental na manutenção de um pequeno negócio. Além do pagamento ser obrigatório, é ela quem garante ao empreendedor ficar em dia com os impostos, embutidos no valor, e ter direito aos benefícios previdenciários. Para Thiago Nigro, esquecer-se de pagar o DAS é um grande erro, pois o empreendedor pode acabar com o CNPJ cancelado e ainda ser inscrito na Dívida Ativa da União.

“Você abre o MEI e depois percebe que precisa estruturar muita coisa antes de tocar o negócio. Então deixa o CNPJ aberto e vai resolver outras pendências. Tudo bem fazer isso, mas você não pode se esquecer do DAS”, diz o especialista em finanças.

No fim das contas, o importante é se manter sempre informado e atualizado. Só assim você vai conseguir manter seu negócio regularizado e em ordem para crescer cada vez mais.

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