Devo fechar minha empresa? Leia o post antes de decidir!

Por Redação Azulis

Empreendedor precisa avaliar todas as possibilidades antes de encerrar a empresa.

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Ser dono do próprio empreendimento, trabalhando por conta própria e sem depender de empregos oferecidos por terceiros, é o legítimo sonho de grande parte dos brasileiros. Manter um negócio financeiramente saudável e com bom desempenho, porém, é uma tarefa que exige planejamento, paciência e persistência. As diversas dificuldades que se apresentam – alta carga tributária, concorrência feroz, baixa na clientela, elevação nas despesas e nos custos de produção – fazem com que um a cada quatro empreendedores fechem suas empresas antes delas completarem dois anos de existência.

“Devo fechar minha empresa”. Essa é uma decisão que só deve ser tomada em definitivo após boas doses de análise e reflexão – fechar um negócio, afinal, envolve arcar com uma série de custos.

Motivos para fechar sua empresa

São muitas as situações que podem levar um empreendedor a decidir fechar sua empresa – as próprias características do segmento em que o negócio está inserido podem influenciar nesta decisão. De forma geral, as razões mais comuns são:

🡪 Lucro baixo ou negativo – Quando a empresa não consegue gerar resultados que arquem com todas as despesas e custos e nem dê dinheiro para o empreendedor, pode ser a hora de fechar as portas. Ainda que consiga cobrir os custos e pagar os colaboradores, se não houver uma taxa de retorno compensatória para o empresário pode não valer a pena seguir com a administração do empreendimento.

🡪 Reclamações constantes da clientela – É preciso lembrar que um cliente insatisfeito costuma passar adiante essa avaliação negativa para seus parentes, amigos e colegas. Se o empreendedor percebe que a taxa de reclamações nos canais de atendimento ou nas mídias sociais é muito elevada – o que gera um grande desgaste – pode ser que tenha chegado a hora de fechar as portas.

🡪 Queda na produtividade – Se o dono do empreendimento nota que a produtividade estagnou ou pior, começou a cair, logicamente primeiro é preciso identificar a causa dessa queda. Quando não se encontra um motivo e/ou não há uma solução viável para resolvê-la, pode ser um sinal de que encerrar as atividades é o melhor caminho.

🡪 Insatisfação do empreendedor – Esta talvez deva ser a principal causa a ser levada em conta na hora de decidir se devo fechar minha empresa ou não. Os demais motivos relatados anteriormente podem ocasionalmente ser, se adotadas boas estratégias, superados. Mas o descontentamento com a rotina empresarial – seja por motivos financeiros, exigência de dedicação integral ou pura infelicidade com o dia a dia do negócio – costuma ser fatal. Não vale a pena, afinal, abrir o próprio negócio para ser infeliz.

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Mas devo fechar a empresa?

Como já mencionamos, a decisão de efetivamente fechar o negócio só deve ser tomada após muita análise das alternativas que podem ser utilizadas para solucionar alguns dos problemas comuns que as empresas enfrentam. Se, como empreendedor, você estiver passando por momentos difíceis, reflita sobre os seguintes tópicos:

🡪 A empresa está com o estoque lotado? Tenho como me desfazer das mercadorias de forma ágil e recuperar uma parcela do capital?

🡪 O negócio está endividado? Tenho como quitar essas dívidas com os credores? Lembre-se que somente após zerar as dívidas será possível dar baixa na empresa.

🡪 Se encerrar a empresa atual, irei desistir do sonho de ser dono do meu próprio negócio? É bom ressaltar que fechar as portas faz parte da realidade do empreendedorismo e que muitos grandes empresários precisaram recomeçar antes de obter sucesso.

Antes de tomar uma atitude definitiva que pode ser financeiramente ainda pior, portanto, vale a pena avaliar algumas das alternativas que se apresentam para manter o negócio operando. Confira abaixo quatro saídas que, dependendo da situação, podem ser tomadas pelo empreendedor para salvar seu negócio:

1.Pedir recuperação judicial – Quando uma empresa se vê enrolada em dívidas que não pode quitar no momento, ela pode entrar com um pedido de recuperação judicial. Se o pedido for aceito, as taxas de juros das dívidas e financiamentos param de incidir e as ações judiciais contra a empresa são suspensas por 6 meses. Assim, o negócio ganha um tempo para que siga operando, recupere o caixa e pague suas dívidas.

2.Ampliar os canais de venda – Se a análise do dono do negócio apontar que o problema está no volume de venda, e não na insatisfação do cliente, uma possível solução é diversificar os canais de venda dos produtos ou serviços. A abertura de uma loja virtual, por exemplo, pode aumentar consideravelmente o alcance da empresa sem gerar um grande custo. Outra alternativa pode ser mudar de local o próprio ponto físico do negócio.

3.Cortar custos e despesas – A crise financeira provocada pelo Coronavírus tem sido implacável com empresários de quase todos os portes e segmentos. A melhor forma de contorná-la é com uma boa gestão empresarial: liste todos os custos e despesas atreladas ao seu negócio e corte o que não for estritamente essencial para que funcione bem.

4.Alterar o modelo de negócios – Essa é uma alternativa que requer uma mudança de ordem ideológica e de imagem mais do que de ordem física. O empresário pode aproveitar a estrutura e o espaço físico de sua empresa para alterar seu modelo de negócios – transformar uma academia em um clube, um mercado em um empório, e assim por diante. Seguindo essa lógica, o negócio pode atrair um novo tipo de clientela e aumentar os recebimentos.

Existem ainda outras possibilidades que devem ser levadas em consideração: renegociar as dívidas, pedir um empréstimo junto a instituições financeiras ou solicitar o auxílio do Sebrae (no caso de pequenas empresas) são algumas delas. Não existe um caminho pré-definido a ser seguido e tudo vai depender da situação em que o negócio se encontra e da análise e dos anseios de seu empreendedor.

Posso fechar a empresa um tempo?

Além do encerramento definitivo, uma alternativa que nem todos conhecem é a de a empresa fechar por um tempo para retomar as atividades posteriormente. Para que isso ocorra, é preciso regularizar todas as pendências que a empresa possui como se fosse fechá-la normalmente – a etapa derradeira de dar baixa no CNPJ, porém, não é feita, e o empresário pode retomar a atividade do negócio quando achar adequado.

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Quanto custa fechar uma empresa

Para que se dê baixa em uma empresa, é preciso dar atenção a todos os seguintes quesitos:

🡪 Distrato Social – Se a empresa for uma sociedade, os sócios devem assinar uma ata que formaliza o Distrato Social e a dissolução da sociedade;

🡪 Certidão Negativa de Débito – O empreendedor precisa solicitar, no site da Previdência Social, um documento que certifica que o negócio não possui débitos pendentes;

🡪 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – Este documento deve ser solicitado no site da Caixa Econômica Federal e, se houver valores pendentes, estes devem ser quitados em uma agência do mesmo banco;

🡪 ISS e ICMS (para dar baixa na Prefeitura ou no Estado) – Se a inscrição do negócio estiver no município, é preciso solicitar à Prefeitura se há pendências no pagamento do ISS e quitá-las. Se a inscrição for Estadual, é preciso verificar junto à Secretaria da Fazenda se há pendências no pagamento do ICMS e quitá-las;

🡪 Tributos Federais – A Certidão de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida da União é mais um documento que deve ser solicitado e que comprova que não há débitos pendentes junto ao Governo Federal;

🡪 Junta Comercial – O empreendedor precisa protocolar um pedido de arquivamento de atos de extinção do empresário na Junta Comercial: para tanto, é preciso apresentar os certificados de quitação obtidos nos passos anteriores. Empresários de pequeno e médio porte não precisam fazer esse pedido para fechar o negócio;

🡪 Baixa no CNPJ – O passo final para fechar as portas de qualquer empresa é dar baixa no CNPJ. Isso é feito por meio do site da Receita Federal, no programa Coleta Online. Ele gera a solicitação de cancelamento do CNPJ e o Documento Básico de Entrada (DBE), que deve ser assinado e reconhecido em cartório. A baixa no CNPJ também pode ser solicitada diretamente na Junta Comercial.

É importante ressaltar que, no caso do Microempreendedor Individual (MEI), o próprio Portal do Empreendedor traz um roteiro que aponta o caminho mais fácil para fechar o negócio através da própria Internet.

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