Brasileiro fatura R$ 15 mil vendendo brigadeiro pelo mundo

Por Redação Azulis

A Azulis entrevistou Caio Giachetti e descobriu qual o segredo para o sucesso do seu negócio! Confira:

Não é segredo que muita gente sonha em empreender. Uma pesquisa encomendada pela Herbalife Nutrition e realizada pela OnePoll revelou que 77% dos brasileiros sonha em ser o dono do próprio negócio. O que impede cerca de 69% deles é o alto investimento para começar um negócio. Esse não é o caso de Caio Giachetti, 37 anos.

Com pouco mais de € 20, o brasileiro achou a receita do sucesso. Munido de uma caixa de ferramentas cheia de brigadeiros e muita simpatia, seu empreendimento gera um faturamento mensal de € 3.200 (aproximadamente R$ 15 mil). A carga de trabalho também pode ser considerada “dos sonhos”: 12 horas por semana, o equivalente à jornada de trabalho de um dia para muitas pessoas.

No entanto, o caminho do empreendedor até realizar o que é o sonho de muitos brasileiros não foi fácil. Antes de alcançar o sucesso, ele teve que perder tudo.

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Vivendo para trabalhar

Em 2015, a loja de roupas que Caio e a esposa, Carol, tinham, faliu. Era o que o casal precisava para tomar coragem e, reunindo o que sobrou das economias, se lançar em uma aventura no Velho Mundo. “Mudamos para Londres com pouco dinheiro e pegamos a primeira oportunidade de trabalho que apareceu. A Carol vendia hambúrgueres na frente do estádio do Chelsea e eu lavava pratos num restaurante chinês”, afirma Giachetti.

Durante aproximadamente 5 meses, Caio trabalhou 12 horas por dia, recebendo pouco e vivendo para trabalhar. A virada se deu no dia 20 de dezembro do mesmo ano, quando a notícia do falecimento do seu pai chegou. Segundo o empreendedor:

“Meu pai viveu a vida toda trabalhando e sonhava com a aposentadoria para começar a viajar, faltava só 2 meses, mas um câncer resolveu interromper o seu sonho. […] A morte do meu pai me fez perceber que eu estava fazendo o mesmo, foi aí que eu resolvi mudar tudo.”

Foi quando ele teve uma certeza: nunca mais viveria para trabalhar, só trabalharia o suficiente para viver.

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Trabalhando para viver

Uma vez tomada a decisão, Caio e Carol largaram os respectivos empregos e procuraram entender seus gastos. O aluguel era o maior deles, então foi o primeiro corte. No lugar, passaram a viver de troca colaborativa, ou seja, fazer algum tipo de serviço ou trabalho em troca de acomodação. Mas ainda restava um problema: como conseguir uma renda sem se prender a nenhum lugar?

A resposta veio no formato de bolinhas de leite condensado, chocolate e manteiga. No começo, os brigadeiros eram feitos para serem vendidos em hostels. Depois, o negócio expandiu para cafeterias e restaurantes, mas logo o casal percebeu que ficaria preso a um lugar e esse não era o objetivo. “Somos livres e oferta nenhuma faria a gente voltar para a gaiola. Somos empreendedores, mas acima de tudo nômades”, defende Caio.

De fato, não voltaram. Portugal foi o primeiro de 29 países que o casal conheceu nos últimos 5 anos, tudo às custas do docinho brasileiro… e de um ótimo discurso.

A aposta de venda nômade ganhou força com a narrativa que Caio construiu ao comprar uma caixa de ferramenta por € 19. A estratégia funciona assim: ele entra nas lojas com a maleta em mãos, afirmando que está ali por causa do conserto. Quando os lojistas e fregueses não entendem, ele abre a mala, revelando um mar de brigadeiros e afirma: “Meu nome é Caio e sou da Oficina do Brigadeiro. Essa bolinha de chocolate contém 20 gramas de felicidade.”

Antes da maleta e do discurso, o empreendedor confessa que para vender 200 brigadeiros levava um total de 6 horas por dia. Depois, a jornada caiu pela metade, mesmo vendendo a mesma quantidade. Hoje, ele trabalha 3 horas por dia, 4 dias por semana e fatura € 3.200.

Quando lhe perguntam por que não aumenta a carga de trabalho para ganhar mais, ele nem pestaneja: “As pessoas vivem para o trabalho e nós trabalhamos para viver. Escolhemos o brigadeiro por ser um doce fácil de fazer e que encanta pessoas do mundo inteiro, a troca que recebo do sorriso de um gringo comendo a sobremesa mais famosa do nosso país não tem preço.”

Ah, e para quem acha essa história impossível, Giachetti aconselha:

“Precisamos ter soluções eficazes. Basta ter visão e ser criativo, acho que todos nós conseguimos.”

Imagem: @instacaionomundo

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