O que é PDD? Qual sua importância? Como calcular?

Por Redação Azulis

A Provisão de Devedores Duvidosos pode atrapalhar o financeiro de sua empresa. Entenda o que é, como calcular e sua importância.

PDD

O planejamento financeiro de qualquer companhia, independentemente de seu porte ou setor de atuação no mercado, deve ser baseado na relação entre o que há para receber e o quanto ela precisa pagar. E é a partir desse cenário que surge a necessidade de calcular a PDD ou, como também é conhecida, Provisão de Devedores Duvidosos.

Entre as ferramentas que ajudam a empresa a gerenciar suas atividades operacionais e manter a saúde financeira em dia, a PDD é uma das mais importantes, principalmente se levarmos em consideração o alto índice de inadimplência no Brasil.

Portanto, elaboramos este conteúdo para você saber mais sobre a Provisão de Devedores Duvidosos, por que ela é tão importante para seu negócio e como calculá-la. Continue a leitura para conferir!

O que é Provisão de Devedores Duvidosos (PDD)?

A PDD é uma espécie de reserva de capital que as empresas fazem para se proteger em casos de inadimplência. O montante guardado através da PDD varia de acordo com o índice de risco do cliente não honrar com suas dívidas.

A Provisão de Devedores Duvidosos também é conhecida pelo termo Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD). Geralmente, o setor contábil do empreendimento utiliza esse nome no balanço patrimonial para demonstrar valores utilizados para cobrir perdas.

Como funciona?

Quando nos referimos à “provisão”, trata-se de uma eventual necessidade de cobrir prejuízos. As perdas são estimadas apenas em possibilidades.

Em um cenário de economia doméstica, seria como guardar uma determinada quantia para o caso de um pneu do carro, que está em bom estado, furar. Não há certeza de que isso vá acontecer. Porém, caso aconteça, haverá uma reserva destinada a este fim.

Sendo assim, é importante destacar que não se trata de uma despesa fixa da empresa, como o aluguel do imóvel, salário dos funcionários ou contas de consumo, ainda que o relacionamento com o cliente em questão seja duradouro. Logo, não é certo que ele deixará de fazer um pagamento. Contudo, a possibilidade sempre está em aberto. Por isso, a PDD pode ser encarada como uma medida preventiva.

Qual a sua importância?

Qualquer negócio, ainda que esteja com um faturamento alto, é suscetível a ter um alto índice de inadimplência. O que significa que a organização não poderá considerar seu saldo como positivo, já que com o decorrer do tempo a inadimplência não afeta somente o fluxo de caixa, mas passa a gerar impacto também nos resultados contábeis.

Considerando que o Brasil tem um altíssimo índice de inadimplência, é fundamental que a empresa saiba mensurar possíveis prejuízos para que possa manter seu fluxo de caixa favorável. Nesse quesito, a PDD é indispensável, pois ajuda a evitar imprevistos indesejáveis e a controlar despesas.

Quando aplicada corretamente, a PDD pode garantir o equilíbrio financeiro da companhia. Para o departamento financeiro, trata-se de mais uma ferramenta para cobrir os riscos, permitindo a realização efetiva de ações de cobrança.

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Como calcular a PDD?

Uma das responsabilidades dos gestores financeiros de uma empresa é trabalhar com a análise de risco, pois ela ajuda a identificar quais clientes têm maior propensão a não arcar com os valores devidos. Quanto maior o risco, maior deve ser a Provisão de Devedores Duvidosos.

Entre as formas de calcular a PDD, uma delas é analisar o histórico de compras e de faturamento de cada um de seus credores. Pode parecer um processo minimalista e trabalhoso, mas hoje em dia existem softwares de gestão financeira que tornam essa tarefa simples e automatizada.

Outro meio para chegar a esse cálculo é aplicando uma porcentagem sobre o saldo a receber. Geralmente, o gestor da empresa é quem decide esse percentual, que pode ser baseado ou não na média praticada pelo mercado.

A terceira alternativa é estabelecer uma média ponderada, tendo como base as perdas dos anos anteriores.

Como deduzir do IR?

De acordo com o Decreto nº 3.000/99, a PDD pode ser deduzida da base de cálculo do IRRF, em organizações enquadradas no regime de Lucro Real. Essa dedução não deve ser feita por empresas no Simples Nacional, cuja tributação se dê pelo Lucro Presumido.

Para saber mais detalhes, você pode pedir o auxílio de seu contador ou consultar o artigo n° 340.

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Como evitar perdas por inadimplência?

Ter clientes inadimplentes é um risco que toda empresa está sujeita a correr. Mas, com uma boa e rigorosa política de concessão de crédito, é possível fugir dessa realidade. Ela ajudará seu negócio a evitar a venda para consumidores que tenham maiores chances de se tornarem inadimplentes.

Outra alternativa para contornar esse tipo de problema, é munir o departamento financeiro com um bom plano de cobrança e soluções tecnológicas para agilizar o trabalho, pois isso permitirá que a companhia receba créditos em atraso antes mesmo que eles sejam considerados como perdas.

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